Apesar de ter sido inventado há mais de 16 anos, o conceito de brand journalism – ou jornalismo de marca, jornalismo corporativo, jornalismo empresarial – ainda é pouco e mal explorado pelas assessorias de comunicação no Brasil.
Foi uma sacada e tanto de Larry Light, diretor de marketing do McDonald’s em 2004. O jornalismo de marca foi inventado por Light como parte do seu plano para resgatar a rede de fast food da falência iminente. Nem preciso dizer que funcionou, né?
Jornalismo de marca é parecido com storytelling, mas não é. É melhor, mais eficiente.
Para alguns especialistas no assunto, o jornalismo de marca é considerado a evolução do marketing de conteúdo e do storytelling: ao compartilhar histórias corporativas contadas com técnicas jornalísticas, cria conexão mais genuína entre a empresa, seus clientes e outros públicos.
Uma “filosofia” de RP
Jornalismo de marca é mais do que uma tática: é uma “filosofia” de relações públicas. É uma maneira incrível de conseguir credibilidade para uma empresa, seus propósitos e conquistas.
Consiste em produzir conteúdo escrito, falado, ilustrado ou filmado para contar histórias sobre uma marca e seu setor, seus clientes e parceiros do jeito que os jornalistas contam.
Se o conceito foi inovador naquela época, com o crescimento da internet e das redes sociais se tornou ainda mais relevante.
Além do McDonald’s, muitas multinacionais como a Coca-Cola e a Nestlé abraçaram a filosofia. Mas no Brasil os exemplos ainda são poucos, e não exploram todo o potencial da tática.
Nas próximas semanas, postarei aqui outros artigos sobre jornalismo de marca, mostrando mais casos de sucesso, detalhando as diferenças entre essa e outras táticas de produção de conteúdo, descrevendo o passo a passo e o dia a dia da prática, ensinando como implantar a filosofia em pequenas empresas, e discutindo novas maneiras de medir seus resultados para a construção, reconstrução ou fortalecimento de uma marca.